domingo, 24 de fevereiro de 2013

A BAIXA IDADE MÉDIA


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A BAIXA IDADE MÉDIA


O comércio no mediterrâneo e na  Europa continental durante a  Baixa Idade Média 



   A partir do final da Idade Média dois grandes movimentos comerciais  se manifestavam na periferia da Europa, um no mediterrâneo Ocidental e no Adriático e outro no Báltico e Mar do Norte. A atividade comercial que corresponde à necessidade de aventuras e ao afã do lucro inerente a natureza humana é a índole contagiosa do período.
   As nações como Veneza, em cujo solo nada cresce, vendia aos seus vizinhos não só mercadorias, mas também a fé cristã,  onde também  prosperavam e ampliavam uma nova forma de navegação pelo Mediterrâneo que impulsionada pelos cruzados associados ao deslocamento por mar de massas de homens  marchavam para Jerusalém e  ajudaram nas conquistas de lucros e territórios no Oriente.  
É importante destacar que o renascimento do comércio marítimo, desde o princípio, coincide com sua penetração no interior da Europa, onde uma indústria orientada para exportação começava a nascer. O campo e a cidade participaram admiravelmente deste momento e direcionaram sua produção para o plantio do trigo e vinhos ou a fabricação de tecidos de linho e lã. As modificações que se processaram nesse período ainda estão longe do capitalismo estruturado do século XVI quando se consolidaria no período Mercantilista, porém, já podemos identificar o capitalismo em sua forma embrionária.

  O declínio do Sistema Feudal associa-se a questões muito bem conhecidas que devem ser recordadas  como importantes para caracterizar uma nova Europa e o  desenvolvimento de novas forças produtivas e  seus desdobramentos. Tomemos como matéria prima deste “continuum processo histórico”,  alguns fatos que podem ser colocados em destaque e não em ordem obviamente, que são: A reabertura do Mediterrâneo, o crescimento das cidades, o aparecimento de grandes feiras, o uso frequente da moeda, o desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas, o fortalecimento de nações, o fim gradativo da servidão, o desenvolvimento das técnicas de navegação, o aparecimento da burguesia, do sistema bancário, do trabalho assalariado,  além de inúmeras outras mudanças  que  fazem deste período um momento revolucionário.
Entre os séculos XIV e XV observaremos o ápice da crise do antigo sistema Feudal onde as guerras, a peste e fome assolam a Europa castigando os povos com seu flagelo, no entanto é a partir deste momento que observaremos o salto significativo do comércio europeu para o seu fortalecimento e posteriormente a conquista de outros continentes.